Começou a virada...

Não adianta. Por mais que eu já tenha passado por isso, a experiência do primeiro dia de trabalho continua sendo um tanto traumática.
Ahhh... é verdade. Esqueci de avisar: estou com emprego novo. Já vinha acertando há alguns dias a papelada do contrato, das assinaturas e todo o resto da burocracia. Mas não quis comentar nada antes, por medo do olho grande.
A gente nunca sabe do que o ser humano é capaz.

E dessa vez, a experiência é ainda mais peculiar. Porque larguei de vez o jornalismo e a comunicação. Larguei e, se Deus quiser, nunca mais entro em contato com outra atividade parecida.
Comecei, inclusive, uma nova faculdade, Sou agora um lépido e fagueiro acadêmico de administração de empresas, com direito a toda aquela excitação de um novato, recém aprovado no vestibular.

...



Bem. Voltando ao trabalho.
Não vou dizer exatamente onde é, por motivos óbvios. Mas trata-se de “um braço” privado de uma conceituada estatal aqui do sul.
Sinceramente falando, não tenho a menor noção do que vou fazer, ou até mesmo se já deveria estar fazendo. O importante é que me sinto de novo como um adolescente descobrindo a vida, entrando “virgem” no mercado de trabalho.
É realmente muito prazeroso poder começar novamente, e desta vez, em uma empresa séria, comprometida, que não mistura os interesses pessoais de um proprietário com os objetivos profissionais da companhia.

Fui extremamente bem recebido, tratado como um funcionário, e não como “um número”, útil somente quando entrega por completo sua vida na mão de um chefe. Aqui, não vou precisar passar por cima de meus valores, por cima da ética, nem dos princípios básicos da boa educação. Aqui se trabalha sério, com objetivos pré-determinados e com métodos bastante claros e definidos.

Provavelmente vocês estejam pensando:

— “Mas é um bobo mesmo... Como pode afirmar esse tipo de cposa se é apenas o primeiro dia de trabalho?”

Simples. Minha mãe trabalha há exatos 32 anos nesta empresa. Cresci nesse ambiente, e acompanhei cada fase da evolução não só de minha mãe, como da instituição. Muita coisa mudou, muita coisa evoluiu, mas o espírito de família, de respeito mútuo, continua o mesmo.
E hoje posso dizer sim, que tenho o prazer de poder trabalhar com as mesmas pesoas que me viram nascer, crescer, e me tornar o ser humano que sou hoje.

Convenhamos. É bem melhor do que trabalhar em um lugar cujo objetivo é apenas mostrar-se “up to date” para os amigos.
Ahhh... sem fala no salário, né....Nem se compara...

Mais tarde eu volto com algum relato a respeito dos meus novos colegas. Já conheci alguns que, sem dúvida nenhuma, dão enredo. É só esperar.
Por enquanto, deixa eu procurar alguma coisa pra fazer. Daqui a pouco alguém pode estranhar eu aqui escrevendo sem parar.


Mais informações, no decorrer do período...