Sinceramente falando, há momentos em que o casamento gay não só é aceitável, como também bastante compreensível...— vou dar uma voltinha... não demoro.
— onde tu vai?
— vou só dar uma voltinha...pra espairecer um pouco.
— tu tá preocupado com alguma coisa?
— não...só quero dar uma voltinha mesmo... daqui a pouco eu volto.
— quer que eu vá contigo?
— não, obrigado...prefiro ir sozinho.
— por quê?
— porque eu tô a fim de ficar um tempinho sozinho...só isso...eu já volto...
— é sozinho mesmo?
— sim...eu não convidaria ninguém pra sair em um momento em que preciso ficar sozinho...
— tu vai em algum lugar específico?
— não, só dar uma volta...
— tu vai de carro?
— vou...
— com o teu ou com o meu?
— com o meu...
— vai com o meu... Tem CD, o teu tá sem...
— mas eu não quero ouvir música. Quero só sair pra espairecer.
— hum...me faz um favor?
— faço... o quê?
— me traz um sorvete?
— trago...quando eu tiver voltando, passo ali e pego.
— ahh, na volta não... compra antes.
— mas se eu comprar antes, vai derreter...
— eu sei...mas aí tu traz aqui pra mim.
— não. Eu compro na volta. Aí compro um pra mim também, e a gente come junto.
— jura?
— juro. Qual sabor?
— morango. Mas tu não gosta de morango, né?
— eu compro outro... de outro sabor.
— aí fica caro... traz então de creme, pra nós dois.
— mas eu não gosto de creme também...lembra?
— então traz de chocolate...
— ok...beijo... volto logo...
— amor!!!
— que foi?
— chocolate não... flocos!
— mas eu não gosto de flocos...
— então traz de morango pra mim, e o que quiser pra você.
— e não foi o que eu sugeri desde o começo?
— você está sendo irônico?
— não... tô não... vou indo.— amooor...
— que foi?...
— leva o celular...
— mas pra quê? Pra tu ficar me ligando?
— não... caso aconteça algo, tu pode me avisar...
— não, obrigado... pode deixar...
— olha... desculpa a desconfiança, tá... estou com saudade...só isso...
— tá bom, amor... me desculpa se fui grosso, tá.. eu te amo
— eu também... posso futricar no seu celular?
— mas pra quê?!
— sei lá...joguinho...
— tu quer meu celular pra jogar joguinho?
— é.
— o teu não tem joguinho, por um acaso?
— tem, mas não são legais...
— então porque tu não liga o Play2 tu sabe que eu tenho um monte de “joguinhos”
— não sei mexer naquela porcaria...
— porcaria?!
— tá...tá bom...então leva o celular... senão eu vou futricar...
— pode mexer então... não tem nada lá mesmo...
— é? Tem certeza?
— ué...tenho. já disse que tenho...
— então onde tá?
— onde ta o quê?
— o que deveria estar no celular mas agora não ta mais...
— hein?
— nada...esquece...
— é impressão minha, ou tu ficou nervosa?
— não... não fiquei...já te disse que não fiquei...que coisa chata...
— então to indo...— amoooor..
— que quié, hein?
— não quero mais sorvete não...
— ah, não quer, né...
— é...
— não tem galho... porque eu também não vou sair mais não...
— não vai?
— é.
— oba...vai ficar comigo, amor?
— não...não vou não... cansei... vou dormir...
— prefere dormir do que ficar comigo?
— não... eu preciso dormir, só isso...
— tu ta me parecendo meio nervoso...tu tá nervoso?
— é óbvio que to, né criatura...
— mas amor...por que você tu não pega o carro, e sai pra dar uma volta para espairecer?
Mais informações, no decorrer do período...
sexta-feira, 9 de março de 2007
Crônica de um relacionamento anunciado...
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2 comentários:
se eu não me engano eu q te mandei esse textinho a um tempo atrás dizendo assim...
"imagino tu e a dóbora discutindo"
ahauahuaha
ouvi no vafé das 5 na sexta feira esse mesmo texto...
beeem legal...
quando eu ouvi lembrei de vcs...
ahauhauahuah
X)
até q enfim atualizou.
e gostei demais das desculpas para a mulherada...
Rafa... tu não nega mesmo que tu és LEONINO!!!
Este texto só comprova isso... Risos...
Beijo!
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