quinta-feira, 3 de maio de 2007

Continuando a coisa toda...

Bem... como prometido, vou tentar dizer onde quero chegar com essa teoria até certo ponto esdrúxula.


Como eu ia dizendo no post acima, essa tendência é nefasta.
Até onde minha intelgência alcança, por exemplo, ela é responsável pela uma outra modinha, um movimento muito curioso na internet, e que vem me chamando bastante a atenção. É como se as pessoas buscassem a "contra-mão" do Orkut.
Essa mania asquerosa está tirando o direito individual de ir e vir. De publicar o que quiser a seu respeito.
De mostrar em foto ou vídeo o que bem entender, para quem bem desejar.
Conheço pessoas que acabaram desistindo de participar de algumas comunidades, por medo de alguém descobrir suas opiniões.
Pessoas que retiraram de seus álbuns fotos que adoravam, que lembravam momentos especiais para cada um dos envolvidos, temendo uma "má interpretação" por parte de quem pudesse visualizar.

Gente que simplesmente "suicidou-se" no Orkut, em nome de um verdadeiro pavor, só de imaginar a idéia de seu patrão acabar passeando por suas comunidades.
Isso mesmo, o patrão.
E sabe por que isso acontece?
Porque essa mania foi ganhando tanta força, mas tanta força, que perdeu as barreiras e ultrapassou os limites, atingindo esferas da vida do cidadão que até poucos anos atrás eram consideradas inatingíveis.
Essa luta asquerosa pelo "moral", somada à necessidade, ao desemprego e à fome, proporcionaram aos "grandes", direitos absurdos sobre os "pequenos".
A mistura dessa receita resultou então em uma espécie de trabalhadores que se submetem.
Que ultrapassaram o conceito do "vestir a camiseta".

Sempre sob a ameça do:

— "Amigo... se você não quiser, tenho mais 150 candidatos que fariam o que estou lhe mandando, por um salário menor, e sem reclamar...",

esse novo funcionário simplesmente abaixa a cabeça, e passivamente abre mão de sua vida pessoal, alegando sempre a tão sonhada ascensão profissional.
Se apenas um ou outro "bunda-mole" agisse assim, ainda vá lá...eu faria a minha parte, não daria a mínima para o resto e seguiria a minha vida como de costume.

O problema, é que essa tendência acabou ganhando ares de verdade absoluta, fazendo com que a maioria absoluta passasse a ver esse tipo de gente como exemplo de profissional.
E hoje, você certamente conhece alguém que se submete a ficar das 06:00am até às 23:45pm dentro da empresa, sem um centavo a mais.
Gente que deixa de almoçar.
Gente que não sabe mais o que é um sábado. Ou um domingo.
Gente que não lembra mais da cara do irmão menor.
Gente que deixou de fumar só por causa da empresa. Não pela saúde, mas pela empresa.
Gente que chega em casa sem força sequer para tirar as meias.
Gente que desconta nos filhos o estresse animalesco que vive para "alcançar as metas".


Provavelmente haverá aqueles que me chamarão de "rebelde", "insolente", "impertinente", "prima-dona". Ou então aqueles que considerem um exagero da minha parte.
A estes, deixo como simples argumentos, as manchetes abaixo:
(todas linkadas, pra não dizerem que eu inventei...)


é...realmente, repaginaram um pensamento que minha bisavó dizia muito:

"Quem muito abaixa, mostra a bunda..."






Mais informações, no decorrer do período...
 
 
 

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