quarta-feira, 10 de outubro de 2007

voltando ao assunto...

Esse post tem a ver com um que eu publiquei ainda hoje, e que está logo mais ali abaixo.
Ainda é sobre a verdadeira utilidade dos fones de ouvido.

O fato abaixo aconteceu comigo há alguns dias, enquanto eu trabalhava lá naquela empresa.
O texto foi escrito no mesmo dia, porém só publicado hoje, quando consegui encontrar um pouquinho de tempo.


"como é possível que o ser humano seja a espécie dominante no
planeta?
"

Vê bem o que aconteceu comigo agora há pouco, voltando do almoço...

Estava eu, dando a minha caminhadinha bem tranquila, no auto-exílio do meu mp4, ouvindo psytrance no volume em que se deve ouvir psytrance.
Daqui a pouco, sinto uma mão cambaleante, cutucando meu ombro, num gesto típico de quem realmente precisava me contar, ou perguntar, algo muitíssimo importante. Era um colega de empresa. Não de trabalho, só de empresa. Lá do nono andar, do prédio 2; ou seja, mal conheço.

Ao final do cutuco no ombro, postou-se a meu lado, esbaforido. Pela leitura labial, pude perceber que esbravejava. Comigo.
Tirei o lado direito do fone, e perguntei um pouco ressabiado:

- "Quê?"

E aí seguiu o diálogo:

- " Pô...tô te chamando há horas..."
- " ...não ouvi...tô de fone..."
- " Tu vai ficá surdo, hein... eu tava aos berros, e nem assim tu ouviu..."


Me deu um alívio não ter escutado. Não gostaria de ter a minha imagem associada a alguém que berra em plena Andradas, ao meio-dia.

- " ...é... eu realmente ouço bem alto..."
- " Ou será que tava te fazendo, só pra não falar comigo, hein...."
- " ....não... jamais...'magina"
- " Ai, Rafael...só tu mesmo, hein...."
- " ...tá, mas o que era mesmo?"
- " Nah, nada...era mais pra falar contigo mesmo... te vi passando ali na frente..."
- " ahh...tá... valeu então, viu..."


E se foi...

Ele é do jurídico.
Dizem pelos corredores, que trata-se de advogado conceituadíssimo dentro da empresa.
Já eu, sou o cara aquele, dos braços tatuados.
Aquele, que foi trabalhar de bermuda no verão passado....


ô, beleza....

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