Pois então, gente...
Voltei.
Agora já em 2008.
Não poderia dizer que voltei descansado, porque na nossa sociedade um cara que não tem emprego não tem sequer o direito de cansar, quanto mais o direito de descansar.
Porém, como eu "cago e ando" pra sociedade, e além disso o blog é meu, eu comunico a todos que estou bem descansado sim.Minha mulher certamente não vai gostar desses post, mas a verdade precisa ser dita: só descansei mesmo, agora que voltei à capital.
Fiquei na praia do dia 27 de dezembro até o dia 5 de janeiro deste novo ano.
Praia aqui do sul mesmo, do litoral gaúcho.
E é exatamente isso que me cansa.
Na verdade, a praia em si até que não me incomoda. É feia, é suja, é fria, é mal acabada, mal feita, mal administrada e mal servida como qualquer praia do litoral gaúcho. Até aí, normal.
O que me atrasa a vida é o povo gaúcho mesmo. Não tem jeito.
Por mais que o povo daqui acredite ser algo diferente, na verdade não deixam de ser brasileiros. E isso não é bom pra ninguém, em lugar nenhum do mundo.
Nem no Brasil.
A cada ano que passa, me assombro mais (ao passo que também me acostumo) com o comportamento e a forma de pensar e agir do povo gaúcho quando sobe às praias do litoral norte do estado.
Pra começar, eu sinceramente não sei onde vai parar o tal do orgulho gaúcho nesse período de festas e férias.

Coisa que não falta, é gaúcho dizendo que Porto Alegre é sensacional, que o Rio Grande do Sul é incrível, é o melhor estado, melhor qualidade de vida, melhor estrutura, melhor povo e toda essa merda que somos obrigados a ouvir, e à qual eu jamais gostaria de ser associado como sou.
Um pequeno esclarecimento:
Eu não penso assim.
Acho que o sul é tão ruim quanto
qualquer outro estado brasileiro.
Pois basta chegar a segunda quinzena de dezembro, e esse papo some.
Ano após ano, uma parcela dos gaúchos mostra as duas caras que tem, se vende como uma prostituta barata, e se entrega aos encantos de Santa Catarina e Punta del Este.
Ou pelo menos gostaria muito de se entregar, porque não é todo gaúcho que tem a condição, né.
Aqui, símbolo de status é "deixar escapar" numa conversa entre amigos o comentário de que vai viajar no feriado:
- "bah, e o Reveillon, vai passá aqui?"
- "não, véio... vô subí pra Santa..."
- "do caralho... vai pra onde?"
- "pra Barrinha, véio... rootêra..."
e sai, peitinho pra frente, se achando a última bolacha do pacote...
O gozado, é que nunca presenciei um diálogo assim:
- "e aí, cara... vai fazê o quê no Reveillon?
- "vô ficá aí mesmo, né... sô gaúcho, com orgulho...não tem praia melhor..."
- "e pra qual praia tu vai então, tchê?"
- "cara, vô ficá ali entre Nazaré e Salinas, na casa da minha vó..."
- "..."

Mas isso tudo é só um detalhe.
O meu feriado foi ótimo.
Passei dias ótimos na companhia da minha esposa (que a essas alturas, certamente já não está mais lendo...), consegui uma cor bacana, li um livro espetacular e recarreguei as energias.
Sobre o ano-novo, tive uma das melhores festas da vida inteira.
Só precisei de excelente companhia, um clima de Punta e uma paz que nem os Catarinenses sonham ter.
Sem gastar um tostão.
Até às 10:00 do dia seguinte. Sem nunca parar.
2 comentários:
sério? TODAS essas fotos foram tiradas aqui?
que horror!
cara,
Me desculpe, mas tu deve ser burro pra caramba, e vai nas piores praias. e tu so pode ser paulista.
Vai pegar um congestionamento pra s divertir, ver neve de poeira, comer fundi no calor das inversão termica, ver floresta queimada.....
Postar um comentário