A cidade está doente. Todos sabem, mas fingem não notar.
A cidade já não consegue mais limpar sua própria sujeira,
e não existem fraldas para isso.
Abriga inúmeros assaltos e semeia um homem sem rosto e sem nome.
Todos são solteiros, e brigam por nada, e cospem em tudo, e andam pra frente sem sequer saber para onde vão. Acendem luzes, produzem esgoto, fabricam lixo, fazem muito barulho, fumam, tomam cachaça, mas ninguém sabe como lidar com o tempo.

Tantos andares vadios, filas nocivas, impostas e impostos.
Os berros das máquinas.
Os engarrafamentos são fixos.
Os bueiros nem escoam tantos dólares, e já não comportam nem mesmo os ratos. Amigos não dizem mais "alô", para não respirarem fumaça ou por causa do desconto na fonte. O governo impõe, a TV dita, o banqueiro ganha, o bobo faz greve pensando que é greve.
Mas, na verdade, é grave...
Um comentário:
E POA completa 235 anos.
Cada vez mais cara, perigosa, suja e endividada, se encaixando na maioria das caracteristicas citadas por ti nesse post.
Ainda assim, na minha opinião, é a cidade menos pior pra se morar no país....
Bjo!
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